terça-feira, 4 de maio de 2021

Opinião - 9 de Novembro de Colleen Hoover

 


SINOPSE

A história de um amor capaz de curar e renovar a vida. O dia 9 de novembro No último dia de Fallon em Los Angeles, a sua vida cruza-se com a de Ben e os dois apaixonam-se perdidamente. A química que os une é tão forte e incontrolável que, apesar de Fallon estar a caminho de Nova Iorque, os dois prometem encontrar-se novamente. Os reencontros Durante cinco anos, sempre no dia 9 de novembro, Fallon e Ben encontram-se para construírem a sua história de amor, entre as várias relações e atribulações das suas vidas separadas. Apesar de só estarem juntos uma vez por ano, os dois envolvem-se cada vez mais e partilham um amor pleno de entrega, paixão e intensidade, capaz de os transformar e de sarar cicatrizes profundas. Cinco anos depois Fallon descobre que Ben carregou um enorme segredo durante cinco anos. O choque e a desilusão tomam conta do coração da jovem, devastada com a possibilidade de tudo ter sido uma farsa. Estarão os dois preparados para aceitar que as histórias de amor nem sempre têm um final feliz? Ou será Fallon capaz de perdoar o homem que ama? O passado, o presente e o futuro cruzam-se num livro arrebatador e envolvente.

OPINIÃO

Como já o disse antes, a Colleen Hoover conquistou-me totalmente.
Neste momento é a autora que mais me apetece ler e quando termino um livro dela, só penso no próximo. Li o ConfessoVerity e o 9 de Novembro e já tenho Um caso perdido ali à espera :)
A razão porque gosto tanto é que nenhum livro é semelhante ao anterior. Para além de uma extrema habilidade em criar histórias românticas mas com uma boa dose de significado, reviravoltas e até suspense em alguns casos, os caminhos e os personagens são completamente diferentes. 
Também já referi que adoro policiais. No entanto, depois de ler 2 ou 3 de seguida tenho de parar e mudar. Porque às tantas parece-me tudo um pouco parecido e preciso de uma pausa para então voltar com a mesma vontade e espírito curioso de antes.
Com a Colleen isso não se passa porque nunca sei que tipo de história vou ler... 
Gostei muito deste 9 de Novembro. Gostei imenso da premissa inicial dos personagens só se encontrarem 1 vez por ano, no mesmo dia, no mesmo local, sem trocarem números de telefone - ainda que na vida real não seja muito realista! Por momentos recordou-me um dos filmes que mais gostei e vi na minha adolescência - o "Antes do amanhecer". Também aqui os 2 personagens conheceram-se, passaram algumas horas a conversar e combinaram encontrar-se depois, no mesmo local, 6 meses depois. No entanto, quando este filme foi feito não existiam redes sociais por isso achei mais credível :)
Também senti uma grande ligação à Fallon, à falta de auto-estima por tudo o que se passou e o efeito devastador nos seus sonhos... A reviravolta final foi, para mim, mais ou menos previsível, mas achei que no geral ligou bem todo o enredo. 
No entanto, dos 3 livros que já li da autora, foi o que menos gostei, ainda assim gostando bastante... é o que acontece quando descobrimos grandes autoras!

Classificação
4*👍

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Opinião - Instinto de Ashley Audrain


SINOPSE

Blythe Connor está determinada a ser a mãe afectuosa e solidária que nunca teve. No entanto, no auge dos esgotantes primeiros dias de maternidade, Blythe convence-se de que alguma coisa não está bem com Violet.

Com o passar do tempo, a sensação agrava-se: a filha é distante, rejeita o afecto e revela-se cada vez mais perturbadora. Ou estará tudo apenas na cabeça de Blythe?

O marido diz que ela está a imaginar coisas. Quanto mais Fox ignora os seus receios, mais ela se questiona sobre a sua própria sanidade mental.

Quando nasce o filho mais novo, tudo parece melhorar: Blythe sente com Sam a ligação que sempre imaginou; Violet acalma e parece adorar o irmão mais novo.

Mas, de repente, tudo muda e Blythe não poderá mais ignorar a verdade sobre o seu passado e sobre a sua filha. Onde está a verdade quando tudo tem duas caras?

OPINIÃO

Assim que li a sinopse deste livro, andava com muita vontade de o ler. Percebi, por algumas opiniões, que iria abordar a maternidade de uma forma crua, algo real e pouco romantizada como estamos acostumados. Isso fez-me querer muito saber mais e principalmente perceber o que eu iria sentir ao lê-lo. 

Sou mãe de duas crianças. 
Passei praticamente toda a minha vida a sonhar ser mãe e a achar que toda a minha existência iria fazer (apenas) sentido naquele momento, aquele em que dizem que assim que olhamos para o nosso bébé, fora da nossa barriga, tudo faz sentido e tudo "muda de cor", como se um raio nos tivesse atingido e nada fosse mais o que era. 
Os meus medos eram apenas relacionados com o parto (esse habitualmente não é romantizado!) e a saúde (se iam ter os dedinhos e os orgãos todos formados). Nunca me falaram muito de tudo o que vinha depois, ou melhor, do que poderia vir - porque nem todas as experiências são iguais para todos. 
Acho que fui um bocadinho às cegas mas com a certeza que tinha de ser, caso contrário a minha vida como mulher não seria completa, não cumpriria o seu propósito.
A verdade é que assim que os vemos nascer, o nosso coração descansa em relação aos dedinhos no sitio, às perninhas, olhos e nariz, apesar de todas as ecografias feitas mas que nunca me descansavam a 100%. E o parto... bom, não é de facto a coisa mais agradável do mundo mas bastam umas horas, uma epidural e já estamos despachadas. 
Agora o depois... esse demora muito mais que apenas umas horas... e muitas vezes, nos primeiros meses, parecia não ter fim...

Eu sentia muitas vezes que, ou todas as outras eram muito sortudas e tinham bébés angelicais, ou eu, afinal, não tinha nascido nem tinha as competencias certas para ser mãe. O meu primeiro filho chorava dia e noite, e quase nao dormia mais que 1 hora seguida (mesmo com 4/5 meses). Não eram sonos trocados porque isto era igual dia/noite. A privação de sono associada a gritos e choros constantes alterou completamente a visão cor-de-rosa que eu tinha construído durante 20 e tal anos e foi um choque, talvez até uma desilusão. A minha médica chamou-lhe baby blues, eu não queria saber de nomes ou de medicamentos, só queria a minha vida "normal" de volta... e queria gostar muito de ser mãe mas no início não estava a conseguir. E isso fez-me sentir muito mal comigo e até com o meu bébé. 
Felizmente nunca deixei de sentir vontade de cuidar dele, de o ajudar a melhorar das cólicas, de ter vontade de estar com ele. Acho que de qualquer forma, sabia que aquilo tinha de passar e, apesar de ter sonhado durante anos em cuidar de um bébé, comecei a desejar que ele crescesse rápido para deixar de ser bébé e melhorar.

Escrevo aqui neste blog de uma forma honesta, aberta, sem pensar muito se alguém lerá estas minhas palavras... mas de facto está na internet pelo que é possivel. Não posso por isso deixar de escrever, principalmente para quem ainda não tem filhos, que não me arrependo de ter sido mãe, nem por sombras!! Aliás, agradeço imenso ter conseguido ter coragem para ter avançado para uma segunda gravidez. Esta, em tudo diferente da primeira... em tudo mesmo. Principalmente porque da segunda vez, a minha visão romantizada já não existia, existia apenas a certeza que eu não sabia o que aí vinha mas que estava disposta a arriscar e a superar as dificuldades. E consegui aproveitar MUITO melhor, mesmo com noites sem dormir (não tantas como da primeira mas mais cansativas talvez pela existência na altura de um irmão ainda pequenino que também precisava de ajuda e acompanhamento). 
O conhecimento ajuda-nos a passar melhor pelas situações e por isso custa-me muito que as mulheres, de um modo geral, falem apenas da maternidade de uma forma cor de rosa e até leviana às vezes... nem todas as situações são iguais, nem todos os bebes são iguais e as mães são pessoas, pelo que se aplica aqui também que não serão todas iguais. E isso não tem de ser bom nem mau, é o que é.

Por isso adorei este livro. Revi-me imenso na Blythe, em alguns dilemas, em pressões que ela sentia de todos os lados para ser a "mãe perfeita". Achei-a humana, porque apesar de alguns pensamentos que podem ter chocado alguns, nunca achei que ela tenha passado algum limite... tudo me parecia tão real, tão possivel de acontecer mas tão improvável de alguém, uma outra mulher, real, o partilhar em voz alta. E porquê?! Porquê?! Os bébés, as crianças, são pessoas também... e se muitas vezes crianças com os mesmos pais, criados no mesmo sítio, pelas mesmas pessoas e com as mesmas regras são tão diferentes e seguem caminhos diferentes na vida e talvez em alguns casos se tornem pessoas más, não será possivel que já nasçam com uma pré disposição para se tornarem pessoas más? Não existem adultos maus? E esses adultos maus já foram crianças certo? E as mães desses adultos, será que nunca desconfiaram de nada porque estavam apenas a representar o papel obrigatório da "mãe perfeita" que nunca põe em causa a melhor experiência da sua vida?
Dá que pensar... a mim deu-me que pensar.... e ainda me interrogo como consegui ler um livro destes em 2 dias - e com 2 filhos pequenos!! 
Não irei esquecer este livro, sem qualquer dúvida.

Classificação
5*👍

quarta-feira, 21 de abril de 2021

Opinião - A rapariga do calendário de Audrey Carlan


SINOPSE

Mia Saunders precisa de dinheiro. De muito dinheiro. Tem um ano para pagar ao agiota que ameaça a vida do pai e exige o reembolso de uma enorme dívida de jogo. Um milhão de dólares para ser exacto.

A sua missão é simples: trabalhar como acompanhante de luxo para a empresa da tia, com sede em Los Angeles, e pagar mensalmente uma parte da dívida. Passar um mês com um homem rico, com o qual não é obrigada a ir para a cama se não quiser. Dinheiro fácil.

A curvilínea morena amante de motas tem um plano: entrar no jogo, conseguir o dinheiro e voltar a sair. Parte do plano é manter o coração fechado a sete chaves e os olhos no objectivo.

Pelo menos é como espera que corra.

Sexo, Amor e segredos. Uma história que a fará sonhar.

OPINIÃO

Escolhi este livro através de opiniões em blogs e também comentários sobre ele no Wook. A grande maioria das pessoas gosta muito da história e dos personagens e praticamente não li nada cuja opinião fosse num sentido diferente.

No entanto, devo confessar que, apesar de ter iniciado a leitura entusiasticamente, poucas páginas depois estava a lê-lo na diagonal, com pressa de chegar ao final. Não para saber como termina, porque sei que ainda faltam mais 3 livros - que comprei ainda por cima - mas apenas porque não estava com muita paciência :(

Penso que a história poderia ter sido desenrolada de uma forma muito interessante mas, na minha opinião, foi por um caminho completamente oposto. 
Em primeiro lugar não senti nenhuma conexão com a Mia, a personagem principal. 
O pouco dela que a autora me deu a conhecer nem sequer me permite avaliar que tipo de pessoa será efectivamente. Por outro lado, pensei que iriam explorar mais um pouco a questão do "dilema moral" uma vez que no fundo ela nunca tinha feito este tipo de trabalhos o que, à partida, levaria a muita ponderação - nem toda a gente conseguiria ir em frente e tomar a decisão de ânimo leve como me pareceu que a Mia fez.
Mesmo se eu pensar que, devido à questão do pai ela não teria muita escolha e que portanto não teria "perdido tempo" a pensar sobre isso, a verdade é que depois, na prática, também não a vejo muito preocupada com a questão. E, decorridos apenas 3 meses e 3 clientes, a "abertura" dela tirou-me completamente qualquer noção de romance dentro desta história.
E eu queria focar-me num romance, claro. Porque caso contrário teria escolhido outro tipo de livro. Para mim, este género de literatura só faz sentido se existir um romance entre um (e um só) casal.
O Wes... para mim foi apenas um cliente que talvez tenha mais preponderância por ter sido o primeiro. Também não percebi em que ponto a relação dela com ele foi muito diferente da relação com o francês... se não tivesse "lido os pensamentos" dela e apenas me guiasse pelas accções, seria a mesma coisa.
Resumindo e concluindo... comprei os 4 livros de uma vez - nunca mais volto a fazer isto!! 
Vou tentar ler os 3 que me faltam na diagonal apenas... não tenho grande esperança de mudar a minha opinião mas, já que os comprei, vou fazer esse esforço.
Se valer a pena ou algo for mudando na história, ainda voltarei para falar sobre as continuações, caso contrário, fico por aqui, não será um livro para recordar.  


Classificação
2*👍

terça-feira, 13 de abril de 2021

Opinião - Verity de Colleen Hoover

 


SINOPSE

Lowen Ashleigh é uma escritora que se debate com grandes dificuldades financeiras, até que aceita uma oferta de trabalho irrecusável: terminar os três últimos volumes da série de sucesso de Verity Crawford, uma autora de renome que ficou incapacitada depois de um terrível acidente.

Para poder entrar na cabeça de Verity e estudar as anotações e ideias reunidas ao longo de anos de trabalho, Lowen aceita o convite de Jeremy Crawford, marido da autora, e muda-se temporariamente para a casa deles. Mas o que ela não esperava encontrar no caótico escritório de Verity era a autobiografia inacabada da autora. Ao lê-la, percebe que esta não se destinava a ser partilhada com ninguém. São páginas e páginas de confissões arrepiantes, incluindo as memórias de Verity relativas ao dia da morte da filha.

Lowen decide ocultar de Jeremy a existência do manuscrito, sabendo que o seu conteúdo destroçaria aquele pai, já em tão grande sofrimento. Mas, à medida que os sentimentos de Lowen por Jeremy se intensificam, ela apercebe-se de que talvez seja melhor ele ler as palavras escritas por Verity. Afinal de contas, por mais dedicado que Jeremy seja à sua mulher doente, uma verdade tão horrenda faria com que fosse impossível ele continuar a amá-la.

OPINIÃO

Nem sei bem por onde comece... talvez pela autora! 
Tenho lido várias opiniões onde dizem que a Colleen Hoover é neste momento uma das escritoras com mais sucesso em Portugal.
Li o Confesso e agora o Verity. E sim, posso dizer que eu faço agora parte desse grupo de pessoas que acha de facto que a Colleen Hoover é uma das melhores escritoras do momento...posso dizer até que estou em pulgas para ler todos os livros dela que me faltam porque a sensação que tenho é que não ficarei desiludida! 

Considero que o Verity é possivelmente um dos melhores livros que eu já li. 
Completamente fora da caixa, muito bem escrito e sempre viciante (foi tão dificil ter de parar de ler sempre que os meus filhos me pediam alguma coisa!! :P)

Senti medo (eu sei que também não é dificil comigo!!), repulsa, e tive até de respirar fundo em alguns momentos. Tenho 2 filhos e em alguns momentos foi dificil imaginar algumas situações.
Tudo é tão "cru" às vezes... e infelizmente penso que possivel de acontecer...

Também senti muitas vezes, por estar tão bem construído, que estava a ver um filme... imaginei como seriam fisicamente os personagens principais e fui desenrolando as cenas na minha cabeça à medida que ia lendo os capítulos... e aquela cena nas escadas fez-me quase saltar de medo como se estivesse de facto a ver um filme de terror. 
Penso que já referi anteriormente, aqui no blog, que não gosto de ver filmes de terror porque fico muito ansiosa e nao gosto da sensação de adrenalina. Nos filmes, sinto que não controlo a situação. No entanto em livros adoro suspense, thrillers e até terror porque, no final, sinto que sou eu que controlo a minha imaginação... E por isso foi bom sentir esta "adrenalina controlável" :)

Quanto ao final... não é possivel falar sem spoilers... tem de facto um plot twist que muito se fala pela internet. 
Não direi que foi o melhor plot twist que já li porque o final do livro "Por trás dos seus olhos", na minha opinião, foi ainda mais surpreendente. 
Mas claro, é sem dúvida um plot twist que nos deixa a pensar ainda mais no livro e com vontade de o ler uma segunda vez!

Espectacular, fenomenal e mais não preciso dizer. 
Quem não leu - arrisque, duvido que se arrependa! 
Eu vou sem dúvida aumentar a minha biblioteca com os restantes livros desta autora!

Classificação
5*👍

terça-feira, 6 de abril de 2021

Opinião - A praia das pétalas de rosa de Dorothy Koomson

 


SINOPSE

Todas as histórias de amor sofrem reviravoltas.

Depois de quinze anos de um grande amor e um casamento perfeito, Scott, marido de Tamia, é acusado de algo impensável.

De repente, tudo aquilo em que Tamia acreditava - amizade, família, amor e intimidade - parece não ter qualquer valor. Ela não sabe em quem confiar, nem sonha o que o futuro lhe reserva.

Então, uma estranha chega à cidade, para lançar pétalas de rosas ao mar, em memória de alguém muito querido e há muito perdido. Esta mulher transporta consigo verdades chocantes que transformarão as vidas de todos, incluindo Tamia que será obrigada a fazer a mais dolorosa das escolhas…

O que estaria disposta a fazer para salvar a sua família?

OPINIÃO

Este foi o meu primeiro livro da Dorothy Koomson. 
À primeira vista, não me despertaria porque a minha ideia é que seria apenas um romance "nhaca". Por exemplo nunca li Lesley Pearse,  ou tive curiosidade de ler Danielle Steel e mesmo o Nicholas Sparks, que já li muito quando era mais nova, não conseguiria ler agora. 
Não gosto muito de dramas. Reconheço e entendo muito bem a razão de serem, muitas vezes, os livros mais bem "cotados". Porque nos fazem pensar mais, exploram com mais profundidade a natureza humana e têm de facto mais conteúdo por assim dizer, seja na forma como abordam os personagens seja pelo próprio enredo.  
No entanto, desde que tenho pouco tempo para ler (aka, desde que fui mãe de 2 crianças.........) gosto de ter boas sensações quando leio um livro, para que, quando volte às minhas rotinas e tarefas, o meu estado de espirito seja leve e feliz. Poderá ser preguiça, mas penso que tenho direito, pelo menos por agora!
Por isso, o que procuro num livro varia entre fantasia - algo que me transporte para uma realidade que não tenha nada a ver com a nossa;  romance - mas tem de ser um pouco mais do que frases clichés, por isso acabo muitas vezes por ir para o romance erótico e claro, os meus preferidos thrillers.
Ainda assim este livro suscitou-me o interesse porque a sinopse deu-me a entender que teria um crime e pensei que poderia enquadrar-se na minha expectativa, apesar de perceber que teria mais "vida real" do que aqueles que habitualmente escolho. Por outro lado, achei a capa lindissíma e arrisquei... E estou contente por o ter feito. 

O livro é, sem dúvida muito bom. As personagens estão tão bem construidas que a sensação que tive no final é que as conhecia como que se de minhas vizinhas se tratassem. 
Aquele sitio, os pensamentos, as rotinas, tudo me parecia extraordinariamente real... 
Dei por mim a irritar-me com uma das personagens: "mas como é que pode pensar isto?!" 
Dei por mim a torcer pela Tami tantas vezes e a pensar em quantas vidas de Tamis existirão por aí...

Achei por outro lado, porque não gosto muito de escrita demasiado descritiva, que certas partes poderiam ter sido encurtadas e que das 530 paginas poderiamos talvez prescindir de algumas.
A minha busca pela parte do suspense/thriller ficou um pouco defraudada porque só lá para meio do livro é que se entrou mais nessa questão e, a meu ver, sempre muito de leve porque o ponto fulcral aqui é mesmo a familia, as relações e a forma como escolhemos lidar com os problemas. 
No entanto já estava demasiado envolvida na história e queria de facto saber como tudo iria terminar. Aliás já não lia um livro assim tão grande em 2 dias há anos!!

Senti muitas vezes que estava a ler um livro muito bem escrito, estruturado e desenvolvido. Envolvi-me muito na história e nos personagens... e a verdade é que por isso, a sensação com que fiquei no final do livro não foi assim muito boa. 
Fiquei a pensar muito na Mirabelle, na Fleur... e na Tami também. 
Tive até de falar um pouco sobre o livro com o meu marido (o que não é nada habitual!) para libertar a minha mente da sensação de que, a vida é de facto muito injusta para muitas pessoas. 
Gostei muito do livro e sei que muitos terão amado e outros tanto, quando o descobrirem também.
Mas possivelmente ainda não estou preparada para esta intensidade de escrita e de vida real... terei de me refugiar ainda um pouco mais em livros mais leves. 
Ainda assim, a classificação final reflete a qualidade que penso que o livro tem e não o estado em que me deixou...

Classificação
4,5*👍

quinta-feira, 1 de abril de 2021

Opinião - Confesso de Colleen Hoover


 SINOPSE

Auburn Reed tem toda a sua vida planeada. Não há espaço para erros ou imprevistos. Até que, um dia, entra num estúdio de arte e conhece Owen Gentry, o enigmático artista dono do estúdio.

Auburn sente, de súbito, que algo muda dentro dela e decide deixar-se levar pelo coração.

Owen, contudo, guarda segredos que não quer ver revelados. As escolhas do seu passado não parecem permitir-lhe um futuro livre, e Auburn tem demasiado a perder se decidir lutar por ele. A única forma de não pôr em risco tudo o que é importante para si é deixar Owen. Confessar é tudo o que ele tem de fazer para salvar a relação de ambos. Mas, neste caso, a confissão pode ser muito mais destrutiva do que o próprio pecado.

Será o amor capaz de sobreviver à verdade?

Confesso é uma história de imenso amor e coragem, que nos faz acreditar em segundas oportunidades.

Inclui 8 páginas a cores com as ilustrações dos quadros de Owen.

OPINIÃO

Descobri a Colleen Hoover por acaso mas, pelas críticas que li e por este livro, já me apressei a comprar o próximo! 
Quando o li, vinha de leituras mais "simples". Não é que este livro tenha uma escrita complexa, nada disso, mas de inicio começa logo com um drama que me fez pensar se seria uma boa escolha para mim. 
Como sou um bocadinho sensível, já aprendi a proteger-me quando não me apetece pensar demais sobre algo ou viver um drama que me toque em especial. Muitas vezes fujo disso! Mas ainda bem que desta vez segui em frente no livro.
O que mais gostei neste livro não foi do romance propriamente dito. Foi de toda a envolvência que a autora deu a esta história. 
A parte das confissões foi assim... fantástica. ADOREI a ideia... acho que se fizessem um mini livro com todas as confissões que o Owen poderia ter, eu iria comprar certamente. 
Foi algo que me fez transportar para a minha vida... todos nós temos pensamentos que não contamos a ninguém... eu própria utilizo um pouco este blog para isso mesmo... e o que é que eu escolheria como uma "confissão"... penso que foi sem dúvida uma ideia muito interessante!
Por outro lado os quadros... um complemento fantástico às confissões - não tivesse eu também pintado alguns quadros há alguns anos (outra paixão que tenho .. em backlog). Fui muitas vezes às páginas dos quadros para olhá-los em pormenor e enquadrar nas confissões. 
Por outro lado gostei muito do final.. da forma como tudo se encaixou. 
Foi sem dúvida uma história muito bonita com particularidades que me farão nunca esquecê-la.

Classificação
4*👍

Opinião - O Atrevido de Vi Keeland


 SINOPSE

Estava fora de questão envolver-me com o meu patrão, por mais atraente que ele fosse…Despedida por conduta imprópria. Eu não podia acreditar na carta que tinha nas mãos. Nove anos. Nove malditos anos em que me matei a trabalhar para ser apresentadora do noticiário numa das maiores estações de televisão do país, para acabar despedida por carta depois de uma semana de férias. Tudo por causa de um vídeo na praia com as minhas amigas — um vídeo privado feito durante o meu tempo livre. Ou assim pensava eu…

Furiosa, abri uma garrafa de vinho e escrevi um e-mail enraivecido ao diretor-geral, dizendo-lhe o que achava da empresa dele e das suas práticas. Não achei que ele fosse responder. Mas ele lá acabou por perceber que eu tinha sido enganada e conseguiu que eu tivesse o meu emprego de volta.

Só que… não era apenas isso que o Grant Lexington queria fazer por mim.Ele podia ser estupidamente atraente, confiante e charmoso, mas eu não ia envolver-me com o chefe do chefe do meu chefe. Nem pensar!

Só não esperava que algo tão errado fosse tão arrebatador!

OPINIÃO

Que bom!! Outro livro da Vi Keeland!! Desde que comprei o The Boss tenho sido leitura assídua desta autora. 
É uma leitura simples, despretensiosa, que nos dá bons momentos porque tem quase tudo o que pretendo de um livro:
- romance - é considerado como erótico e tem de facto algumas descrições mais "arrojadas" mas não acho que o livro se foque demasiado neste ponto,
- drama - existe normalmente sempre algo mais negro no passado dos 2 ou de 1 dos personagens principais
- comédia - adoro a escrita da Vi Keeland nesta parte, as interações dos personagens levam muitas vezes a alguma "picardia" que eu adoro e me faz rir. 
E apesar de continuar a achar que o meu género preferido ainda é Policial e Thriller, dou por mim muitas vezes a colocar estes livros à frente porque de facto fazem-me rir e muitas vezes é apenas disso que eu preciso!
Neste livro especificamente, gostei muito a Ireland. Uma mulher lutadora, independente e com sucesso na carreira. 
Em geral também acho alguma piada aos envolvimentos com os chefes (não na vida real só mesmo na ficção!!) mas pensei que o livro focasse mais essa parte o que não aconteceu.
Em relação ao Grant, existia de facto uma profundidade no personagem, pelo passado, que foi o mais presente ao longo do livro. Gostei muito mas também gostaria de ter conhecido um pouco mais do ponto de vista dele em relação ao que estava a viver com a Ireland o que penso que não foi tão explorado.
Foi um fim de semana muito bem passado sempre à procura de todos os minutos para conseguir terminar o livro. 
O único senão é agora esperar pelo próximo livro da autora!!!

Classificação
4*👍