segunda-feira, 24 de maio de 2021

A Sereia de Brighton de Dorothy Koomson

 


SINOPSE


Praia de Brighton, 1993

As adolescentes Nell e Jude descobrem o corpo de uma jovem na praia e, quando ninguém o reclama, a vítima passa a ser conhecida como A Sereia de Brighton. Três semanas mais tarde, Jude desaparece e Nell, ainda chocada com os acontecimentos na praia, fica completamente desamparada.

Passados 25 anos, Nell vive atormentada pelo passado, abandonando o emprego para descobrir a verdadeira identidade da jovem assassinada - e o que aconteceu à amiga naquele verão inesquecível.

Quanto mais perto fica da verdade, maior é o perigo. Alguém parece estar a seguir cada passo de Nell, que já não sabe em quem confiar.

OPINIÃO

Quando li A Praia das Pétalas de Rosa, da mesma autora, fiquei com uma sensação agridoce... Senti que há muito tempo não lia um livro com tanta "intensidade" mas por outro lado não me senti preparada para isso. Na opinião  que escrevi aqui no blog sobre ele, até disse que possivelmente teria de continuar a refugiar-me em livros mais leves.

E assim fiz...  tentei ler os meus livros "habituais" de romance mas comecei a sentir que já não me estavam a dar aquela boa sensação, aquele libertar de pensamentos quotidianos, aquele "leve e bom bocado". Comecei a ler as páginas na diagonal e a ligar a televisão (em vez de pegar logo num livro) sempre que os meus filhos me davam um pequeno espaço. Até parei de ler um livro quando ía já a mais de meio, coisa que já não fazia há anos! 
Até que desisti de lutar contra isto... percebi que afinal o "bichinho" tinha ficado cá... afinal entendi mal... o livro A Praia das Pétalas de Rosa secalhar veio apenas mostrar-me que estava na altura de procurar novas leituras e deixar-me levar por histórias mais intensas, mais reais e, talvez por isso, mais apaixonantes.

Assim, comprei A Sereia de Brighton, com alguma expectactiva sobre o que este livro me iria fazer sentir e, se iria devolver-me o impulso e a vontade de ler sem parar (bom... pelo menos nos fins-de-semana quando tenho algum tempo para isso!)

A história começa logo com a descoberta do corpo de uma jovem assassinada e abandonada numa praia. Portanto, neste livro, tive logo mistério desde as primeiras páginas o que, para mim, foi excelente.    
Este livro conta a história de duas amigas, muito jovens, que encontraram esse corpo, e as consequencias que isso trouxe para as suas vidas.
A narrativa é contada de forma alternada entre o ano de 1993, data em que descobrem "a sereia" e o tempo presente. Por norma nem sempre gosto desta forma de escrita porque em geral, sinto que estou sempre a ter de voltar atrás quando as coisas poderiam ser contadas de forma "mais simples", apenas para parecer mais intelectual. 
Mas neste livro funcionou de forma sublime!
Isto porque trouxe um mistério enorme a toda a história... sempre que lia algum capitulo da "actualidade" pensava sempre o que poderia ter acontecido no passado que explicasse o comportamento daquela personagem e só pensava em como queria que isso fosse explicado no capitulo seguinte, que ansiava que fosse por isso do ano 1993! Deu uma dinâmica à historia que verdadeiramente me parece que não poderia ter sido de melhor forma.
Quanto aos personagens, gostei muito da personagem principal, a Nell. Também gostei da irmã e acima de tudo acho que esta autora faz com que os leitores consigam compreender muito bem as atitudes e as características das personagens tendo em conta a história que ela está a contar e as consequências que isso traz a todos os que estão envolvidos.
Foi, tal como esperava, uma história intensa, que aborda muitos temas reais tais como racismo, família, amizade, romance, crime e mistério. Todos na quantidade certa, ou quase certa. Verdade que poderia ter talvez um desenvolvimento um pouco maior no romance... mas, neste tipo de livro, depois de uma história tão bem escrita... não sinto que seja muito relevante.
Quanto ao desvendar do mistério... li o livro tão rápido que mal tive tempo para ter desconfianças... mas a verdade é que desconfiei de todos... sempre todos até ao final. Sou uma desconfiada por natureza, até na vida real, mas talvez por isso, a surpresa para mim fica mesmo sempre até ao virar da última página, porque nunca excluo ninguém da equação e este livro não foi excepção.
Este livro conseguiu o seu propósito sem dúvida, foram 509 páginas de leitura impulsiva, em 2 dias, que me fez voltar a sentir aquela felicidade que já há algum tempo não sentia. 
E posso dizer que desta vez, a Dorothy Koomson ganhou outra leitora, agora já sem reservas... o próximo livro a comprar será certamente dela.


Classificação
5*👍

quinta-feira, 20 de maio de 2021

Prisioneiros do Amor de Nicole Jordan


SINOPSE

Marcus Pierce, um aristocrata incrivelmente bonito com uma reputação infame, herda a guarda da ardente Arabella Loring e suas duas irmãs... e imediatamente declara a sua intenção de as casar.

Arabella Loring e as suas irmãs esforçaram-se por construir um futuro para si mesmas, já que a família foi assolada por um terrível escândalo após o qual foram excluídas da vida social da aristocracia. Fundaram uma escola para jovens senhoras de boas famílias e juraram nunca casar.

Infelizmente, o seu guardião, o encantador Marcus Pierce, conde de Danvers, tem outros planos e, para se livrar da pesada responsabilidade, pensa em dar uma boa recompensa aos cavalheiros dispostos a casar com as suas pupilas.

No entanto, Arabella não está pelos ajustes e aparece em casa de Marcus, pronta para a batalha. Mas ele, conquistado pela combativa rapariga, propõe-lhe uma solução insólita: irá cortejá-la durante duas semanas, pondo em prática todas as suas qualidades de sedutor, e se ela conseguir resistir-lhe, estará livre de todas as restrições. Caso contrário...

O amor é uma aposta que ele não está disposto a perder…

OPINIÃO

Durante muito tempo foi este tipo de livros que mais gostei de ler... tenho uma colecção enorme deles na minha estante, secalhar até mais do que de outros géneros.
Este estava em backlog há cerca de 1 ano e chegou a vez dele. 
Mas, talvez o momento não tenha sido o certo... talvez as leituras que tenho lido mais actualmente, mais sobre histórias talvez mais complexas ainda que muitas vezes de amor também, me estejam a levar para outros caminhos... e isso não tem de ser uma coisa má. Gosto de ter várias opções e claramente ler histórias mais eróticas e muito focadas em 2 protagonistas não está a resultar neste momento. Aliás, habitualmente leio 1 livro por fim de semana e no fim de semana passado, pela primeira há muito tempo, não consegui acabar este... e esperei até hoje, quinta-feira, para saber se conseguia acabar um bocadinho todos os dias.
Mas acho que vou desistir... não sei se o irei acabar e por isso não darei classificação quantitativa.

A história até é gira, um romance de época, um bon vivant e uma rapariga com uma personalidade forte, à frente no seu tempo. Teria tudo para resultar e provavelmente noutra altura eu estaria a escrever que o livro é bestial...
Mas sei lá, à medida que o lia parecia que estava tudo a caminhar pelo óbvio... a razão de não saber se o vou acabar é mesmo porque acredito que sei o final, e como irá tudo acontecer até lá, com 99,9% de certeza. Não sinto por isso qualquer curiosidade e por isso está a custar-me muito lê-lo.
Talvez daqui a uns tempos volte a tentar...
Mas por agora vou ter de ler algo certamente diferente!



Classificação
????*👍

Um caso perdido de Colleen Hoover




SINOPSE

Preferia saber a verdade, ainda que isso fizesse de si um caso perdido, ou continuar a viver uma mentira?

Quando Sky conhece Dean Holder no liceu, um rapaz com uma reputação tão duvidosa quanto a dela, sente-se aterrorizada, mas também cativada. Há algo naquela figura que lhe traz memórias do seu passado mais profundo e perturbador. Um passado que ela tentou por tudo enterrar dentro da sua mente.

Ainda que Sky esteja determinada a afastar-se de Holder, a perseguição cerrada que ele lhe dedica, bem como o seu sorriso enigmático, fazem-na baixar as defesas, e a intensidade da relação entre os dois cresce a cada dia. Mas o misterioso Holder também guarda os seus segredos, e, quando os revela a Sky, ela vê-se confrontada com uma verdade tão terrível que pode mudá-la para sempre. Será Sky quem ela pensa que é? E será que os dois conseguirão sarar as suas feridas emocionais e encontrar um modo de viver e amar sem limites?

Um Caso Perdido (Hopeless) é um romance intenso que o irá comover e arrebatar, ao mesmo tempo que o fará recordar o seu primeiro amor.

OPINIÃO

Do que procurei pela internet, sobre os livros desta autora, este foi provavelmente o livro que teve melhores críticas. Assim que o comprei comecei a lê-lo com altas expectativas. 
Talvez por isso tenha sentido uma certa decepção. Não que o livro não seja bom... tem uma história bonita, é facil gostar e sentirmos uma ligação com os protagonistas, tem também uma reviravolta e fala sobre temas reais tais como amor, perdão, rapto entre muitas outras.
É por isso um livro muito completo e fácil de ler. Mas senti que era muito parecido com o 9 de Novembro que tinha lido uns dias antes. A historia em si muda mas o desenrolar pareceu-me um pouco semelhante... um casal, com uma ligação (que se descobre mais no final do livro) que tem de superar "as desgraças" para poder começar de novo. 
É bonito mas talvez se tivesse esperado um pouco mais para ler este livro a sensação e esta minha opinião poderiam ter sido diferentes.
Até agora o Verity foi o livro que mais gostei de ler da Colleen e era completamente "fora da caixa" e diferente de todos estes.
Vou por isso parar um bocadinho, ler outros autores e depois voltarei à Colleen, para o próximo que já está no meu backlog "Sempre Tu", que espero que seja uma surpresa tal como foi o Verity.

Classificação
3,5*👍

terça-feira, 4 de maio de 2021

Opinião - 9 de Novembro de Colleen Hoover

 


SINOPSE

A história de um amor capaz de curar e renovar a vida. O dia 9 de novembro No último dia de Fallon em Los Angeles, a sua vida cruza-se com a de Ben e os dois apaixonam-se perdidamente. A química que os une é tão forte e incontrolável que, apesar de Fallon estar a caminho de Nova Iorque, os dois prometem encontrar-se novamente. Os reencontros Durante cinco anos, sempre no dia 9 de novembro, Fallon e Ben encontram-se para construírem a sua história de amor, entre as várias relações e atribulações das suas vidas separadas. Apesar de só estarem juntos uma vez por ano, os dois envolvem-se cada vez mais e partilham um amor pleno de entrega, paixão e intensidade, capaz de os transformar e de sarar cicatrizes profundas. Cinco anos depois Fallon descobre que Ben carregou um enorme segredo durante cinco anos. O choque e a desilusão tomam conta do coração da jovem, devastada com a possibilidade de tudo ter sido uma farsa. Estarão os dois preparados para aceitar que as histórias de amor nem sempre têm um final feliz? Ou será Fallon capaz de perdoar o homem que ama? O passado, o presente e o futuro cruzam-se num livro arrebatador e envolvente.

OPINIÃO

Como já o disse antes, a Colleen Hoover conquistou-me totalmente.
Neste momento é a autora que mais me apetece ler e quando termino um livro dela, só penso no próximo. Li o ConfessoVerity e o 9 de Novembro e já tenho Um caso perdido ali à espera :)
A razão porque gosto tanto é que nenhum livro é semelhante ao anterior. Para além de uma extrema habilidade em criar histórias românticas mas com uma boa dose de significado, reviravoltas e até suspense em alguns casos, os caminhos e os personagens são completamente diferentes. 
Também já referi que adoro policiais. No entanto, depois de ler 2 ou 3 de seguida tenho de parar e mudar. Porque às tantas parece-me tudo um pouco parecido e preciso de uma pausa para então voltar com a mesma vontade e espírito curioso de antes.
Com a Colleen isso não se passa porque nunca sei que tipo de história vou ler... 
Gostei muito deste 9 de Novembro. Gostei imenso da premissa inicial dos personagens só se encontrarem 1 vez por ano, no mesmo dia, no mesmo local, sem trocarem números de telefone - ainda que na vida real não seja muito realista! Por momentos recordou-me um dos filmes que mais gostei e vi na minha adolescência - o "Antes do amanhecer". Também aqui os 2 personagens conheceram-se, passaram algumas horas a conversar e combinaram encontrar-se depois, no mesmo local, 6 meses depois. No entanto, quando este filme foi feito não existiam redes sociais por isso achei mais credível :)
Também senti uma grande ligação à Fallon, à falta de auto-estima por tudo o que se passou e o efeito devastador nos seus sonhos... A reviravolta final foi, para mim, mais ou menos previsível, mas achei que no geral ligou bem todo o enredo. 
No entanto, dos 3 livros que já li da autora, foi o que menos gostei, ainda assim gostando bastante... é o que acontece quando descobrimos grandes autoras!

Classificação
4*👍

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Opinião - Instinto de Ashley Audrain


SINOPSE

Blythe Connor está determinada a ser a mãe afectuosa e solidária que nunca teve. No entanto, no auge dos esgotantes primeiros dias de maternidade, Blythe convence-se de que alguma coisa não está bem com Violet.

Com o passar do tempo, a sensação agrava-se: a filha é distante, rejeita o afecto e revela-se cada vez mais perturbadora. Ou estará tudo apenas na cabeça de Blythe?

O marido diz que ela está a imaginar coisas. Quanto mais Fox ignora os seus receios, mais ela se questiona sobre a sua própria sanidade mental.

Quando nasce o filho mais novo, tudo parece melhorar: Blythe sente com Sam a ligação que sempre imaginou; Violet acalma e parece adorar o irmão mais novo.

Mas, de repente, tudo muda e Blythe não poderá mais ignorar a verdade sobre o seu passado e sobre a sua filha. Onde está a verdade quando tudo tem duas caras?

OPINIÃO

Assim que li a sinopse deste livro, andava com muita vontade de o ler. Percebi, por algumas opiniões, que iria abordar a maternidade de uma forma crua, algo real e pouco romantizada como estamos acostumados. Isso fez-me querer muito saber mais e principalmente perceber o que eu iria sentir ao lê-lo. 

Sou mãe de duas crianças. 
Passei praticamente toda a minha vida a sonhar ser mãe e a achar que toda a minha existência iria fazer (apenas) sentido naquele momento, aquele em que dizem que assim que olhamos para o nosso bébé, fora da nossa barriga, tudo faz sentido e tudo "muda de cor", como se um raio nos tivesse atingido e nada fosse mais o que era. 
Os meus medos eram apenas relacionados com o parto (esse habitualmente não é romantizado!) e a saúde (se iam ter os dedinhos e os orgãos todos formados). Nunca me falaram muito de tudo o que vinha depois, ou melhor, do que poderia vir - porque nem todas as experiências são iguais para todos. 
Acho que fui um bocadinho às cegas mas com a certeza que tinha de ser, caso contrário a minha vida como mulher não seria completa, não cumpriria o seu propósito.
A verdade é que assim que os vemos nascer, o nosso coração descansa em relação aos dedinhos no sitio, às perninhas, olhos e nariz, apesar de todas as ecografias feitas mas que nunca me descansavam a 100%. E o parto... bom, não é de facto a coisa mais agradável do mundo mas bastam umas horas, uma epidural e já estamos despachadas. 
Agora o depois... esse demora muito mais que apenas umas horas... e muitas vezes, nos primeiros meses, parecia não ter fim...

Eu sentia muitas vezes que, ou todas as outras eram muito sortudas e tinham bébés angelicais, ou eu, afinal, não tinha nascido nem tinha as competencias certas para ser mãe. O meu primeiro filho chorava dia e noite, e quase nao dormia mais que 1 hora seguida (mesmo com 4/5 meses). Não eram sonos trocados porque isto era igual dia/noite. A privação de sono associada a gritos e choros constantes alterou completamente a visão cor-de-rosa que eu tinha construído durante 20 e tal anos e foi um choque, talvez até uma desilusão. A minha médica chamou-lhe baby blues, eu não queria saber de nomes ou de medicamentos, só queria a minha vida "normal" de volta... e queria gostar muito de ser mãe mas no início não estava a conseguir. E isso fez-me sentir muito mal comigo e até com o meu bébé. 
Felizmente nunca deixei de sentir vontade de cuidar dele, de o ajudar a melhorar das cólicas, de ter vontade de estar com ele. Acho que de qualquer forma, sabia que aquilo tinha de passar e, apesar de ter sonhado durante anos em cuidar de um bébé, comecei a desejar que ele crescesse rápido para deixar de ser bébé e melhorar.

Escrevo aqui neste blog de uma forma honesta, aberta, sem pensar muito se alguém lerá estas minhas palavras... mas de facto está na internet pelo que é possivel. Não posso por isso deixar de escrever, principalmente para quem ainda não tem filhos, que não me arrependo de ter sido mãe, nem por sombras!! Aliás, agradeço imenso ter conseguido ter coragem para ter avançado para uma segunda gravidez. Esta, em tudo diferente da primeira... em tudo mesmo. Principalmente porque da segunda vez, a minha visão romantizada já não existia, existia apenas a certeza que eu não sabia o que aí vinha mas que estava disposta a arriscar e a superar as dificuldades. E consegui aproveitar MUITO melhor, mesmo com noites sem dormir (não tantas como da primeira mas mais cansativas talvez pela existência na altura de um irmão ainda pequenino que também precisava de ajuda e acompanhamento). 
O conhecimento ajuda-nos a passar melhor pelas situações e por isso custa-me muito que as mulheres, de um modo geral, falem apenas da maternidade de uma forma cor de rosa e até leviana às vezes... nem todas as situações são iguais, nem todos os bebes são iguais e as mães são pessoas, pelo que se aplica aqui também que não serão todas iguais. E isso não tem de ser bom nem mau, é o que é.

Por isso adorei este livro. Revi-me imenso na Blythe, em alguns dilemas, em pressões que ela sentia de todos os lados para ser a "mãe perfeita". Achei-a humana, porque apesar de alguns pensamentos que podem ter chocado alguns, nunca achei que ela tenha passado algum limite... tudo me parecia tão real, tão possivel de acontecer mas tão improvável de alguém, uma outra mulher, real, o partilhar em voz alta. E porquê?! Porquê?! Os bébés, as crianças, são pessoas também... e se muitas vezes crianças com os mesmos pais, criados no mesmo sítio, pelas mesmas pessoas e com as mesmas regras são tão diferentes e seguem caminhos diferentes na vida e talvez em alguns casos se tornem pessoas más, não será possivel que já nasçam com uma pré disposição para se tornarem pessoas más? Não existem adultos maus? E esses adultos maus já foram crianças certo? E as mães desses adultos, será que nunca desconfiaram de nada porque estavam apenas a representar o papel obrigatório da "mãe perfeita" que nunca põe em causa a melhor experiência da sua vida?
Dá que pensar... a mim deu-me que pensar.... e ainda me interrogo como consegui ler um livro destes em 2 dias - e com 2 filhos pequenos!! 
Não irei esquecer este livro, sem qualquer dúvida.

Classificação
5*👍

quarta-feira, 21 de abril de 2021

Opinião - A rapariga do calendário de Audrey Carlan


SINOPSE

Mia Saunders precisa de dinheiro. De muito dinheiro. Tem um ano para pagar ao agiota que ameaça a vida do pai e exige o reembolso de uma enorme dívida de jogo. Um milhão de dólares para ser exacto.

A sua missão é simples: trabalhar como acompanhante de luxo para a empresa da tia, com sede em Los Angeles, e pagar mensalmente uma parte da dívida. Passar um mês com um homem rico, com o qual não é obrigada a ir para a cama se não quiser. Dinheiro fácil.

A curvilínea morena amante de motas tem um plano: entrar no jogo, conseguir o dinheiro e voltar a sair. Parte do plano é manter o coração fechado a sete chaves e os olhos no objectivo.

Pelo menos é como espera que corra.

Sexo, Amor e segredos. Uma história que a fará sonhar.

OPINIÃO

Escolhi este livro através de opiniões em blogs e também comentários sobre ele no Wook. A grande maioria das pessoas gosta muito da história e dos personagens e praticamente não li nada cuja opinião fosse num sentido diferente.

No entanto, devo confessar que, apesar de ter iniciado a leitura entusiasticamente, poucas páginas depois estava a lê-lo na diagonal, com pressa de chegar ao final. Não para saber como termina, porque sei que ainda faltam mais 3 livros - que comprei ainda por cima - mas apenas porque não estava com muita paciência :(

Penso que a história poderia ter sido desenrolada de uma forma muito interessante mas, na minha opinião, foi por um caminho completamente oposto. 
Em primeiro lugar não senti nenhuma conexão com a Mia, a personagem principal. 
O pouco dela que a autora me deu a conhecer nem sequer me permite avaliar que tipo de pessoa será efectivamente. Por outro lado, pensei que iriam explorar mais um pouco a questão do "dilema moral" uma vez que no fundo ela nunca tinha feito este tipo de trabalhos o que, à partida, levaria a muita ponderação - nem toda a gente conseguiria ir em frente e tomar a decisão de ânimo leve como me pareceu que a Mia fez.
Mesmo se eu pensar que, devido à questão do pai ela não teria muita escolha e que portanto não teria "perdido tempo" a pensar sobre isso, a verdade é que depois, na prática, também não a vejo muito preocupada com a questão. E, decorridos apenas 3 meses e 3 clientes, a "abertura" dela tirou-me completamente qualquer noção de romance dentro desta história.
E eu queria focar-me num romance, claro. Porque caso contrário teria escolhido outro tipo de livro. Para mim, este género de literatura só faz sentido se existir um romance entre um (e um só) casal.
O Wes... para mim foi apenas um cliente que talvez tenha mais preponderância por ter sido o primeiro. Também não percebi em que ponto a relação dela com ele foi muito diferente da relação com o francês... se não tivesse "lido os pensamentos" dela e apenas me guiasse pelas accções, seria a mesma coisa.
Resumindo e concluindo... comprei os 4 livros de uma vez - nunca mais volto a fazer isto!! 
Vou tentar ler os 3 que me faltam na diagonal apenas... não tenho grande esperança de mudar a minha opinião mas, já que os comprei, vou fazer esse esforço.
Se valer a pena ou algo for mudando na história, ainda voltarei para falar sobre as continuações, caso contrário, fico por aqui, não será um livro para recordar.  


Classificação
2*👍

terça-feira, 13 de abril de 2021

Opinião - Verity de Colleen Hoover

 


SINOPSE

Lowen Ashleigh é uma escritora que se debate com grandes dificuldades financeiras, até que aceita uma oferta de trabalho irrecusável: terminar os três últimos volumes da série de sucesso de Verity Crawford, uma autora de renome que ficou incapacitada depois de um terrível acidente.

Para poder entrar na cabeça de Verity e estudar as anotações e ideias reunidas ao longo de anos de trabalho, Lowen aceita o convite de Jeremy Crawford, marido da autora, e muda-se temporariamente para a casa deles. Mas o que ela não esperava encontrar no caótico escritório de Verity era a autobiografia inacabada da autora. Ao lê-la, percebe que esta não se destinava a ser partilhada com ninguém. São páginas e páginas de confissões arrepiantes, incluindo as memórias de Verity relativas ao dia da morte da filha.

Lowen decide ocultar de Jeremy a existência do manuscrito, sabendo que o seu conteúdo destroçaria aquele pai, já em tão grande sofrimento. Mas, à medida que os sentimentos de Lowen por Jeremy se intensificam, ela apercebe-se de que talvez seja melhor ele ler as palavras escritas por Verity. Afinal de contas, por mais dedicado que Jeremy seja à sua mulher doente, uma verdade tão horrenda faria com que fosse impossível ele continuar a amá-la.

OPINIÃO

Nem sei bem por onde comece... talvez pela autora! 
Tenho lido várias opiniões onde dizem que a Colleen Hoover é neste momento uma das escritoras com mais sucesso em Portugal.
Li o Confesso e agora o Verity. E sim, posso dizer que eu faço agora parte desse grupo de pessoas que acha de facto que a Colleen Hoover é uma das melhores escritoras do momento...posso dizer até que estou em pulgas para ler todos os livros dela que me faltam porque a sensação que tenho é que não ficarei desiludida! 

Considero que o Verity é possivelmente um dos melhores livros que eu já li. 
Completamente fora da caixa, muito bem escrito e sempre viciante (foi tão dificil ter de parar de ler sempre que os meus filhos me pediam alguma coisa!! :P)

Senti medo (eu sei que também não é dificil comigo!!), repulsa, e tive até de respirar fundo em alguns momentos. Tenho 2 filhos e em alguns momentos foi dificil imaginar algumas situações.
Tudo é tão "cru" às vezes... e infelizmente penso que possivel de acontecer...

Também senti muitas vezes, por estar tão bem construído, que estava a ver um filme... imaginei como seriam fisicamente os personagens principais e fui desenrolando as cenas na minha cabeça à medida que ia lendo os capítulos... e aquela cena nas escadas fez-me quase saltar de medo como se estivesse de facto a ver um filme de terror. 
Penso que já referi anteriormente, aqui no blog, que não gosto de ver filmes de terror porque fico muito ansiosa e nao gosto da sensação de adrenalina. Nos filmes, sinto que não controlo a situação. No entanto em livros adoro suspense, thrillers e até terror porque, no final, sinto que sou eu que controlo a minha imaginação... E por isso foi bom sentir esta "adrenalina controlável" :)

Quanto ao final... não é possivel falar sem spoilers... tem de facto um plot twist que muito se fala pela internet. 
Não direi que foi o melhor plot twist que já li porque o final do livro "Por trás dos seus olhos", na minha opinião, foi ainda mais surpreendente. 
Mas claro, é sem dúvida um plot twist que nos deixa a pensar ainda mais no livro e com vontade de o ler uma segunda vez!

Espectacular, fenomenal e mais não preciso dizer. 
Quem não leu - arrisque, duvido que se arrependa! 
Eu vou sem dúvida aumentar a minha biblioteca com os restantes livros desta autora!

Classificação
5*👍