segunda-feira, 25 de maio de 2020

Quarentena - parte 2


E passados que estão 2 meses , desde o "pensamento" inicial acerca da quarentena, segue o balanço final: realmente tive momentos menos fáceis do que nos primeiros 12 dias!...
O meu trabalho permitiu-me ficar por casa, em teletrabalho, pelo menos até agora - nos próximos dias saberei por quanto mais tempo :( - e, por ser um pouco pessimista e portanto mais cautelosa do que a maioria certamente, terei saido nestes meses apenas umas 2 vezes e por motivos mesmo inadiáveis.
Já não estamos em estado de emergência e do que vejo nos telejornais, as praias e as ruas já estão cheias de gente pelo que já me sinto algo "ET" neste momento.
Continuo com receio e já algo acomodada a esta vida de casa, confesso, pelo que, se dependesse de mim, continuaria assim pelo menos até Setembro. Sei no entanto que só tenho esta opinião porque em termos de rendimento não fui afectada por toda esta situação. Entendo perfeitamente que não podemos continuar fechados sob pena de muitas pessoas, com famílias como a minha, não terem dinheiro sequer para comer. 
E não pode ser, claro que não pode ser! Tem de se arranjar soluções ainda que com prudência. 
Mas é um facto que, a minha vida, está melhor do que antes. Talvez por fazer habitualmente 80km diários nas minhas deslocações casa/trabalho, por apanhar sempre trânsito, por andar a correr a ir buscar/levar os miudos, fazer TPC's em cima dos banhos/jantares/actividades extra... e de repente ter ganho umas 2-3 horas no meu dia por já não fazer estas coisas. Consigo aproveitar a minha casa, coisa que nem isso eu sentia antes, e os meus filhos brincam muito mais os 2 do que antes, estão mais cúmplices apesar de alguns momentos normais de irritação.
No entanto existem também muitas coisas más... tenho trabalhado muito mais, ou pelo menos a sensação é essa. Consigo focar-me totalmente no trabalho (coitados dos meus filhos mas de facto consigo ignorá-los muitas vezes) e nunca senti que ficou algo por fazer do trabalho ou menos bem feito por estar em casa com crianças. Mas sinto uma culpa enorme em relação aos meus filhos. Pena por não conseguir sequer "olhar" para a televisao quando estão a ver a tele escola, por não conseguir acompanhar a mais pequena e tentar desenvolver algumas dificuldades, que este tempo em casa me permitiu perceber nela... Por não brincar... por vê-los perdidos muitas vezes a chamarem por nós e a reclamarem que trabalhamos muito...
Por outro lado, agora começo a sentir que realmente as crianças estão a ficar para trás em termos da educação... os meus filhos não têm aulas online (como tantos outros certamente), talvez sinta por isso... e eu não estou a conseguir ajudá-los pelo stress do meu trabalho. Tenho muitos colegas que conseguem dosear mas, talvez pela minha função, por não ter backup ou trabalhar em equipa, não me é possivel. Sou eu para tudo e "eu" às vezes não chego!
Não é uma sensação boa esta... e tem-me consumido bastante. Uns dias mais outros menos.
No entanto, tal como disse no inicio, os prós continuam superiores aos contra e por mim, continuaria aqui mais um tempo. Mas sei que não é justo.
Espero no entanto que a minha empresa me possibilite para o futuro uma melhor flexibilização do meu tempo, com algum trabalho em casa porque sem dúvida, é uma tendência que deveria vir para ficar, ainda que em regime misto com idas ao escritório.
Veremos a evolução da situação, como as pessoas se vao portar agora com o bom tempo, se entretanto o virús desaparece (já vi alguns estudos que apontam essa possibilidade)... estamos de facto a viver uma altura histórica na humanidade.
Esperemos que o desfecho da mesma, nos livros de história, não seja aterrador.
Ficar tudo bem já não vai ficar... muita gente já faleceu e é impossivel ficar imune a esta realidade...



White Lines





SINOPSE

Em White Lines, quando o corpo de um famoso DJ é encontrado vinte anos depois de ter desaparecido em Ibiza, sua irmã decide viajar até o local, para investigar o crime por conta própria. Só que quanto mais ela se aprofunda no mundo obscuro da música, é obrigada a confrontar seu lado sinistro.

OPINIÃO

Nunca teria visto esta série se não fosse pela participação anunciada do Nuno Lopes...
Não vejo habitualmente filmes portugueses. Não costumo gostar da "cor", do "peso", do "drama" que habitualmente estão sempre patentes nos nossos filmes. Aliás essa é também a razão pela qual não vejo novelas... além da parte de engonharem muito.
No entanto tenho actores portugueses que gosto muito. Lembro-me sempre de 2 - O Diogo Infante - totalmente pelo teatro, vi algumas peças dele fabulosas, é um actor maravilhoso... e o Nuno Lopes.
O trabalho do Nuno Lopes que me lembro melhor é...comédia, com o Herman José! Nunca fui muito fã do humor do Herman e fixei o Nuno Lopes desde miúda por isso mesmo, porque inesperadamente dei por mim a rir-me por causa dele!
Há quem diga que fazer rir é mais dificil que fazer chorar pelo que, sem duvida, o Nuno é um dos meus actores preferidos. Ajudou também, há muitos muitos anos atras, tê-lo visto no cinema do saldanha a ver o "Depois do amanhecer", a sequela de um dos filmes favoritos da minha adolescência. Não é um filme muito conhecido pelo que estavamos numa sala relativamente pequena e, penso que quando se gosta de filmes assim mais "de culto", sentimos uma especie de ligação entre as pessoas que lá estão, talvez por serem poucas! Claro que ele nao me ligou nenhuma mas como já era conhecido, dificilmente me esqueci que, pelo menos bom gosto ele tinha, além de representar tão bem!
Assim que estreou a série pensei: claro que tenho de ver!
A temática está longe de ser das minhas preferidas. Tenho um passado (pequeno) de festas de trance, house e convivi de perto com algumas coisas retratadas na série (ainda que muito mais soft!) e sinceramente, chegou-me o que vivi e não costumo gostar de (re)ver coisas semelhantes. Mas não desisti e quando cheguei ao 3º episódio, já não queria parar! Não é uma Casa de Papel, é um facto. O que gostei mais da série foi até alguma sensação de "série B", com alguma comédia à mistura - há tantas situações bizarras que francamente fartei-me de rir em vários momentos!
No entanto, para mim, foi dificil ligar-me aos personagens... pela historia/temática talvez... de facto não seriam pessoas que eu gostasse de conhecer! Mas, novamente, vendo a série num ponto de vista, lá está bizarro, dei por mim a gostar muito do David e... do Boxer.. sem duvida o personagem do Boxer foi um presente!! No meio daquela história, muitas vezes mirabolante, com algumas personagens quase odiosas... o Nuno teve a sorte de ter ali o unico personagem que eu tinha gosto em saber mais... saber mais do passado dele, da história dele. E ele representou-o lindamente claro está - que orgulho!! Também acho o personagem da Zoe algo "entendível" salvo algumas excepções... e gostei muito do "romance" deles. Gostaria muito de ver uma segunda temporada mais virada para o Boxer e para o possivel desenvolvimento da relação deles.
Resumindo, gostei, valeu muito a pena mas totalmente pelo Nuno Lopes / personagem Boxer. Sem esse personagem dificilmente teria conseguido manter a ligação que senti à série.

Classificação
4*👍


Opinião - O Egomaníaco de Vi Keeland


SINOPSE

O que dizer de Drew Jagger?
É presunçoso, egocêntrico e arrogante…
Eu estava bastante satisfeita com o meu novo consultório, que arrendei em pleno centro da cidade, até que o Drew apareceu. Foi uma confusão! Pensei que ele era um assaltante e tentei atacá-lo, até que ele, calmamente, me esclareceu: eu é que estava no escritório dele. Ou seja, descobri que tinha sido enganada.

O Drew achou piada à situação e à minha ingenuidade (assim como a outros dos meus… atributos), e propôs um acordo irrecusável: partilharmos o espaço até eu encontrar um novo, e em troca eu atenderia os telefonemas dele. Nem parece mau, pois não?

O problema é que juntos somos a receita ideal para o desastre. O Drew é advogado especialista em divórcios —— cínico, convencido e estupidamente sexy ——, e eu sou conselheira matrimonial, interessada em salvar os casamentos que ele quer ajudar a desfazer. As discussões entre nós são tórridas e as diferenças mais do que óbvias. A única coisa que nos une é o espaço que partilhamos… E uma atração cada vez mais louca e incontrolável. ... mas confesso: não consigo deixar de pensar em como será beijar aqueles lábios tentadores!


OPINIÃO

Tenho uma característica que me define muito em termos gerais mas que é mais vincada neste tipo de coisas - livros e filmes... quando gosto de algum... apetece-me ler/ver tudo de seguida.
Sou um "bocadinho" obsessiva por assim dizer...
Portanto, depois de gostar de ler o livro "O Boss" da mesma autora, dei por mim, no dia seguinte, a comprar uns 4-5 livros da Vi Keeland... neste momento que escrevo esta opinião já tenho agora 2 pendentes, em espera, porque entretanto precisei de descansar um pouco deste genero porque já estava a enjoar lol
Gostei dos personagens e novamente dei algumas risadas a ler o livro - a razão principal que me fez gostar tanto do "O Boss". 
Considero estes livros o tipo "comédia romantica pipoca com picante". Tem ali momentos divertidos, alguns momentos mais quentes, e um romance que acaba e se desenrola sem grandes surpresas.
Não é o livro que a maioria das pessoas que conheço fosse ler ou admitir a alguém que o leu...
aliás penso que nem conheço ninguem que goste deste genero (se bem que elas se escondem muitas vezes atras de um computador ahaha)... mas acho que é um livro agradavel e que nos dá umas horas engraçadas de entretenimento.
Eu gostei se bem que, como já disse, depois de ler 2 ou 3 de seguida vai perdendo o interesse... mas penso que é um pouco assim com tudo. 
Por isso vou esperar mais um pouco até ler o próximo - acabei de ler "O playboy" ontem ... ainda não sei se escreverei alguma opinião porque no fundo isto anda tudo à volta do mesmo!!
Mas regra geral são livros que não me arrependo de comprar.

Classificação
4*👍


La Casa de Papel




SINOPSE:

Oito ladrões fazem reféns e fecham-se dentro da Casa Nacional da Moeda de Espanha, enquanto um génio do crime manipula a polícia para executar o seu plano.

Opinião

Sinopse tão pequenina... e série tão grande!! 
Ainda me lembro de começar a ver máscaras a imitar o rosto do pintor Salvador Dalí pelos autocarros de Lisboa e pensar: "calma, é só uma série!" Nem Netflix tinha na altura... Estava longe de imaginar que seria uma série tão boa!
Longe porque normalmente se vejo séries com pistolas ou espingardas não sinto grande apelo de ver e por outro lado longe por não ser uma série americana/inglesa... eu sei que parece mal admitir mas é um facto, era preconceituosa em relação a séries ou filmes estrangeiros... e por estrangeiros, para mim, entendam tudo o que não fala em ingles... muito básico eu sei! 
Por isso, já depois de ter Netflix há algum tempo (ainda resisti um pouco), pensei... bom, já que tantos falam bem disto... devia experimentar... e para não me fazer confusão, tiro o som, assim não tenho de ouvir espanhol" lol
E assim comecei... e às tantas dei por mim a sorrir para o ecran, a ver episódios de seguida, e... a aumentar o som da tv porque já tinha vontade de ouvir verdadeiramente as vozes dos meus personagens preferidos!
Esta série tem, na minha opinião, tudo para ser espectacular... quem gosta de romance ele está lá... e temos escolha (eu foquei-me no professor e na Raquel por serem sem dúvida os meus preferidos), temos suspense e reviravoltas (estava sempre a ser surpreendida pela serie... todos os episódios), tem tiros e acção para quem gosta... vários tipos de personagens que vão sendo bem desenvolvidos ao longo do episódios... tem tudo!
A única coisa má é saber sempre a pouco! Receio que estraguem a série, porque a considero mesmo perto da perfeição, mas fico radiante quando vou sabendo das renovações para novas temporadas.
No momento já não me faz confusão nenhuma a língua e até já tive curiosidade de ver outras séries espanholas... isso vou dever sempre à Casa de Papel.
Venham mais temporadas!


Classificação
5*👍